IASP, CIEE e ABJ lançam Observatório Digital dos Litígios Judiciais no Brasil

Por Avocar Comunicação

Parceria inédita entre entidades viabilizou ferramenta que organiza dados da movimentação jurídica do País

Nesta segunda, 22, a Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ), o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e o Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), se reuniram para lançar o Observatório Digital dos Litígios Judiciais no Brasil. A parceria inédita viabilizou a criação da ferramenta responsável por organizar e cruzar os dados das movimentações jurídicas do País com outros bancos de informações.

Presente no evento, o presidente do IASP, Renato de Mello Jorge Silveira, destacou o observatório abrange a academia e o mercado e tem como intuito entender as nuances da justiça, “onde ela caminha mais rápido, devagar, se emperra e porque emperra”.

A ferramenta reúne três abas principais: Litigiosidade, Produtividade e Dados. Neste espaço será possível realizar pesquisas empíricas, relacionar dados da litigiosidade com características socioeconômicas, acompanhar a taxa de congestionamento de processos, e até mesmo fazer download dos dados disponíveis.

O evento de lançamento, realizado no Teatro CIEE, no Itaim Bibi, em São Paulo, contou com participação de Humberto Casagrande, CEO do CIEE, Celso Fernandes Campilongo, advogado, professor e diretor da Faculdade de Direito da USP e PUC/SP, Júlio Adolfo Trecenti, secretário-geral da ABJ, Paula Cometti, juíza assessora da Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, Marcelo Nunes Guedes, presidente da ABJ, e Vidal Serrano, diretor da Faculdade de Direito da PUC/SP. O encontro foi mediado por Ricardo Melantonio, diretor Jurídico e Compliance do CIEE.

Segundo Humberto Casagrande, “a iniciativa pioneira no mundo jurídico é uma maneira de mapear os gargalos que existem dentro do sistema Judiciário”, e acompanha a informatização da área. “É uma tentativa de libertar os dados do judiciário”, conta Julio Trecenti.

Vidal Serrano ainda acrescenta que “os operadores do direito necessitam de respostas céleres e confiáveis”. Para a juíza Paula Cometti, mais do que celeridade, a ferramenta “caminha ao lado da justiça e contribui para a transparência”.

Negócios

Ao ampliar o debate para além do âmbito jurídico, os convidados relacionaram a importância dos dados para a análise do comportamento também econômico da sociedade. Para Marcelo Nunes, o acesso aos dados em geral gerou uma nova ciência e com ela foi possível construir novos negócios. Enquanto Celso Campilongo defende que “os bancos de dados servem para que o Direito possa facilitar a vida da atividade econômica”.