Evento no IASP evidencia necessidade da mediação como técnica jurídica

Debate ‘Mediação Preventiva e nos Processos de Insolvência Empresarial’ expôs também experiências de câmaras especializadas

O Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) sediou na quinta-feira (26/10) o evento “Mediação Preventiva nos Processos de Insolvência Empresarial – Experiências Práticas”, sob organização da Comissão de Mediação, Negociação e Práticas Colaborativas e da Comissão de Direito Falimentar e Recuperacional do Instituto. O presidente da Comissão de Direito Falimentar, Ronaldo Vasconcelos, apontou na abertura do evento sua preocupação com profissionais que advogam sem técnicas de mediação: “Essa deve ser a primeira técnica”. 

Ainda na abertura do evento, a desembargadora e presidente da Comissão de Mediação do IASP, Maria Cristina Zucchi, destacou a importância da convergência dessas duas comissões de estudo na organização do evento. “Está claro como é importante a aplicabilidade das técnicas de mediação, negociação, arbitragem e conciliação para a resolução dos conflitos falimentares e recuperacionais”. Segundo ela, a regulamentação da profissão de mediador e a criação do Conselho Nacional de Mediadores devem ser as principais lutas dos profissionais e estudiosos da área. 

O evento foi dividido em dois painéis e um momento para a troca de experiências de representantes de câmaras especializadas, como Med Arb RB; CmirB; CAM; e CMR. O primeiro painel debateu a mediação antecedente, enquanto o segundo os benefícios da mediação nos processos de recuperação judicial e extrajudicial.

Os advogados Luiz Fernando Valente de Paiva, Victoria Villela Boacnin e Gilberto Gornati compuseram a primeira mesa, enquanto a moderação ficou sob responsabilidade da Alessandra Fachada Bonilha. “Em muitos casos a utilidade da mediação se mostra muito relevante para contornar resistências das partes, estabelecer um canal de diálogo e a aproximação das partes”, destacou Paiva. “Ainda há a necessidade de o advogado entender seu papel nesse processo”, concluiu. 

O segundo painel foi composto pelos advogados Andrea Palma, Renato Scardoa e Elias Mubarak e mediado por Gustavo Milaré. “Lá atrás a gente discutia se cabia ou não mediação na recuperação judicial e na recuperação de empresas. A pergunta que eu faço hoje é: como não tínhamos mediação antes?”, pontuou Renato. 

A mesa de exposição das câmaras especializadas foi composta por Christiana Beyrodt Cardoso, Carolina Merizio e Camila Tebaldi com moderação de Adolfo Braga Neto. 

Para assistir a íntegra do evento, clique aqui