Debate “Meio Ambiente e Economia: o Brasil do Futuro” traz reflexões sobre Direito e desenvolvimento sustentável

Por Avocar Comunicação

O Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) promoveu na terça-feira, dia 20/6, o debate “Meio Ambiente e Economia: o Brasil do Futuro”, trazendo reflexões essenciais sobre como aliar conhecimento jurídico e necessidades econômicas em harmonia com o meio ambiente, para um futuro de dignidade para todos os cidadãos.

O evento contou com a participação do economista Artur Vilela Ferreira, autor do livro “Nem Negacionismo, Nem Apocalipse”, e das debatedoras Priscila Artigas, advogada e presidente da Comissão de Direito Ambiental, e Thaís Leonel, diretora da Comissão de Novos Advogados do IASP.

O enfoque principal foi o papel da economia na busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. Ferreira destacou a importância de explorar a matriz de energia limpa do Brasil e sua capacidade para a instalação de usinas eólicas e solares. Segundo o palestrante, “a construção de uma economia sustentável é um desafio que precisa ser enfrentado pela nossa geração”. No entanto, o Brasil ainda enfrenta alguns gargalos que precisam ser resolvidos, e ainda há questões relacionadas à segurança jurídica que precisam ser superadas.

Durante o debate, Priscila Artigas ressaltou a necessidade de políticas públicas eficientes e enfatizou que o Direito Penal ainda não é suficiente para combater crimes ambientais. “É fundamental compreender a origem das questões ambientais, indo além das mudanças climáticas”, disse citando o livro do palestrante, que aborda a relação entre a economia e a escassez de recursos naturais.

Ferreira afirmou que, enquanto as questões ambientais globais estão relacionadas à poluição por carvão e petróleo, no Brasil, os desafios ambientais envolvem o uso do solo, o caos fundiário, a ocupação ilegal de terras e o desmatamento. “O Brasil tem plenas condições de desenvolver soluções para esses problemas, que poderiam ser posteriormente utilizadas por outros países com perfil semelhante. Não podemos perder mais esse bonde da história”.

O debate também trouxe à tona a ideia de transformar o Brasil em um hub da indústria verde, atraindo processos sustentáveis de produção com novas cadeias de bioinsumos. Thaís Leonel ressaltou a importância do casamento entre o Direito Ambiental e a Economia, afirmando que “essa união deve ser cultivada diariamente para alcançar o objetivo previsto na Constituição, que é proporcionar uma vida digna a todos os cidadãos”.