Comissão de Direito Antidiscriminatório do IASP é inaugurada no Dia do Combate contra a LGBTIfobia

Por Avocar Comunicação

Evento é marcado pelo pré-lançamento da obra “Precedentes do Direito Antidiscriminatório na Justiça do Trabalho” 

O Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) sediou, na terça-feira (17), a sessão inaugural da Comissão de Direito Antidriscriminatório, presidida pela advogada Luanda Pires. O evento contou também com o pré-lançamento da obra “Precedentes do Direito Antidiscriminatório na Justiça do Trabalho”, organizada pela presidente e a vice Fernanda Perregil. 

A primeira sessão da comissão teve uma mesa composta pela Diretora Cultural do IASP, Ana Nery, Luanda Pires, Fernanda Perregil, pela juíza Erotilde Minharro e pela advogada Lázara Carvalho. O advogado Cézar Brito participou de forma online. O evento marca um movimento do IASP frente a inclusão da diversidade. “Ao longo destes últimos anos, o IASP tem desenvolvido ações afirmativas para valorizar a diversidade, incentivar a pluralidade de pessoas e ideias no nosso corpo associativo e em nossos encontros e eventos”, comenta Ana Nery, que também recorda do evento do Dia Internacional da Mulher realizado em março. 

“Quando a gente fala de importância da decisão que criminalizou a LGBTIFobia, da lei de cotas, da lei antirracismo, do reconhecimento da injúria como espécie de racismo, da importância da Lei Maria da Penha para combater a violência doméstica e familiar, da importância da tipificação da importunação sexual e do combate ao assédio, estamos falando sobre o combate de sistemas de dominação e poder, que muito bem articulados com questões de gênero, sexo e raça, dão forma e retroalimentam o sistema capitalista, excluindo dos espaços as pessoas que movem a economia desse país”, destacou Luanda na abertura da comissão.

Fernanda Perregil ainda teve a oportunidade de falar sobre a obra “Precedentes do Direito Antidiscriminatório na Justiça do Trabalho”. “Esse livro vem muito pela necessidade de análise da jurispridência sobre o tema de direito antidiscriminatório em um ambiente fundamental para essa análise, que é o ambiente de trabalho”, comenta. “É muito complicado a gente falar de direito antidiscriminatório sem analisar o impacto da necessidade dessa realidade dentro das nossas empresas, do mercado de trabalho, do meio ambiente de trabalho”, finaliza a autora. Fernanda também ressaltou a inclusão de decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos no livro, importante para balizar as decisões brasileiras frente às organizações internacionais. 

A próxima reunião da comissão acontecerá dia 23 de junho, de forma virtual, com a presença de uma importante convidada estadunidense, que será divulgada em breve. O IASP conta com a presença de todas e todos aqueles interessados.