Editorial – A participação feminina

Em função do prevenção ao câncer de mama, convencionou-se falar sobre o outubro rosa. Mesmo sendo o dia internacional da mulher comemorado em 8 de março – muito em homenagem às mortes das trabalhadoras na fábrica Triangle Swirtwaist Factory, em Nova Iorque de 1911, o outubro rosa ganhou as ruas também do Brasil.

A data também é sintomática para a Advocacia, que rende glórias à mulher advogada. Myrthes Gomes de Campos, no Rio de Janeiro, e Maria Augusta Saraiva, em são Paulo, foram as primeiras advogadas de um universo de tantas glórias. Esther de Figueiredo Ferraz, símbolo maior da mulher nas Arcadas, primeira Reitora da então Universidade Mackenzie e primeira mulher a ocupar o cargo de Ministra da Educação do Brasil, além de Advogada de sucesso no Foro de São Paulo, seguiu os mesmos caminhos de tantas glórias. O Instituto dos Advogados de São Paulo, aliás, orgulha-se de ter sido pioneiro, dentre as entidades da classe dos Advogados de São Paulo, em ter tido duas presidentes, da envergadura de Maria Odete Duque Bertasi e Ivette Senise Ferreira.

Nessa configuração é de se recordar que dentre tantos eventos recentes, como as homenagens prestadas ao Ministro Mauro Campbell Marques, ou a reunião almoço de setembro com a participação do Embaixador Roberto Azevêdo, a presença feminina tem muito se destacado, sempre em espiral crescente. Tal situação encontrou destaque ainda mais evidente na reunião-almoço de outubro, com a emblemática participação da Ministra Nancy Andrighi. O IASP de hoje tem em seus quadros diretivos um bom número de participantes mulheres. Espera-se ainda mais, o que será possível com o crescente número de novas associadas. Essa, uma proposta que está sendo cuidada com atenção e que, por certo, somente engrandecerá o Instituto.

Renato de Mello Jorge Silveira​
Presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo