Reunião de 11 de Agosto – contextos históricos e atuais

 Por Renato de Mello Jorge Silveira,
presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP)

A histórica proximidade entre os Institutos dos Advogados e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é de todos conhecida. Logo após a criação dos cursos jurídicos no Brasil, em São Paulo e Olinda, num distante 11 de agosto de 1827, já se iniciaram as primeiras preocupações quanto a uma necessária reunião entre os novos advogados do Império.

Embora tentativas outras tenham se dado nesse sentido desde a primeira hora, foi somente a partir da segunda metade do século XIX que as congregações se efetivaram. Por início, o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), sendo seguido por outros, como foi o caso do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), em 1874. Ainda que as preocupações iniciais já se fizessem em torno da criação de uma Ordem dos Advogados, essa só veio a se efetivar com o chamado milagre de 1930.

De qualquer forma, 11 de agosto sempre foi motivo de alegria e comemoração no seio da Advocacia. Entretanto, no corrente ano, a data também se mostra com preocupação. Critica-se e questiona-se a instituição em si, além de objetar-se a própria existência do Exame de Ordem.

Com tais problemas no horizonte, o IASP recebeu, com júbilo, em sua reunião-almoço de agosto, o Presidente do Conselho Federal da OAB, Dr. Felipe Santa Cruz. Uma vez mais, como antes de 1930, a Advocacia cerrou fileiras, desta feita, para sustentar a importância da própria Ordem. É certo que críticas podem sempre ser feitas, mas a Instituição, em si, deve ser preservada, como também a Cidadania e a Democracia.